Sua rede social não dá resultado porque você está usando errado! Sim, muitas empresas focam no aumento do número de seguidores, enquanto deveriam se empenhar para a formação de comunidades virtuais.
Mas e você, tem ideia do que é uma comunidade virtual, de sua importância e de como construir uma em torno da sua marca? Então, não perca este post!
Nós vamos explicar tudo que você precisa saber sobre como formar comunidades virtuais vibrantes, engajadas e fãs da sua marca. Confira!
O que são comunidades virtuais?
No contexto do marketing, uma comunidade virtual é um grupo de pessoas que, além de seguidoras de um perfil ou de uma empresa, se unem em torno de crenças que compartilham com a marca.
Inclusive, atualmente, nós usamos o nome comunidade virtual. Porém, você também vai encontrar este conceito sob o nome de comunidade de marca.
Quando a empresa consegue criar uma comunidade, as pessoas desenvolvem uma relação afetiva com a marca. Isso significa que ela vai além da simples troca de uma soma de dinheiro por um produto.
Elas desenvolvem uma paixão, uma identificação com o que a empresa representa. No mercado, essas pessoas são chamadas de “Brand Lovers”, ou seja, amantes da marca.
Os brand lovers amam a marca, se engajam em suas ações de marketing, usam a marca sempre que podem, defendem a marca diante de alguma polêmica.
Eles fazem marketing para o seu negócio sem que você tenha pago por isso. Para eles, a recompensa é o amor por uma ideia ou crença que eles compartilham com sua empresa.
Por que é importante criar comunidades virtuais?
Em resumo, quem consegue criar comunidades virtuais têm engajamento e vendas. Isso é o que uma empresa mais quer, não é mesmo?
Porém, não é só isso. Diante do surgimento de ferramentas de inteligência artificial, como o Chat GPT, as estratégias de marketing, da forma como nós conhecemos, podem ser altamente impactadas.
Pense bem: atualmente, as pessoas procuram conteúdo no Google, certo? Consequentemente, elas encontram ali links de muitas empresas que oferecem respostas.
Se elas substituírem uma ferramenta de buscas como o Google por outra ferramenta que traz a resposta pronta, como o Chat GPT, tudo isso pode mudar.
Os caminhos aos quais esta revolução nos levará ainda são incertos. Porém, se você construir hoje uma comunidade em torno da sua marca nas redes sociais, será mais fácil conduzir este público por outras estradas, sejam elas quais forem.
Mas esse é um assunto com muitos desdobramentos. A conversa mais longa vai ter que ficar para outro dia, porque com certeza você está interessado em saber como construir comunidades virtuais.
Como construir comunidades virtuais engajadas?
Se ter comunidades virtuais é tão importante para as marcas, como fazer isso? Selecionamos alguns passos que não podem faltar na sua estratégia.
Comunique suas crenças
Calma! Nós não estamos incentivando você a falar de religião ou de política no seu perfil. Esses temas são polêmicos, geram engajamento, mas não são o foco da nossa ação.
Quando falamos em comunidade, a própria palavra já nos dá uma pista de por onde começar. As pessoas que estão ali, devem ter algo em comum. Esse “algo em comum” é uma crença.
Todo empresa tem (ou deveria ter) uma crença ou premissa que conversa com um desejo ou aspiração do seu público. Usar esta crença transforma a marca em uma referência para sua comunidade.
Uma clínica de cirurgia plástica, por exemplo, pode conquistar uma comunidade forte se, através de seu assunto principal, ela deixar clara a sua crença de que toda mulher pode ser como ela deseja. Essa é uma aspiração de seu público.
Já uma clínica de dermatologia estética pode divulgar a crença de que envelhecer é opcional. Uma loja de móveis e decoração, a de que seu ambiente pode ser um espelho da sua personalidade, e assim por diante.
Quando as pessoas encontram esse pensamento em comum, elas passam a admirar mais a sua marca do que outra que só vende produtos.
Seja útil à sua audiência
Não fique produzindo conteúdo que simplesmente faz propaganda da sua empresa. Honestamente, é muito chato. É como rolar o feed da rede social e só ver propagandas.
O que as pessoas buscam nas redes sociais é, em primeiro lugar, entretenimento. Depois, informações que elas consideram úteis.
Como fazer isso no seu perfil? É mais simples do que você imagina! Vamos aos exemplos, porque eles sempre nos fazem compreender melhor.
Imagine que você tem uma perfumaria e deseja vender produtos para cuidados com a pele. O que as empresas geralmente fazem? Colocam o produto e seu preço. Está errado!
Pense se, em vez de estar rolando o feed e ver esta publicação, a pessoa encontra um vídeo curto, no estilo Reels, falando dos 5 passos que não podem faltar na rotina de skincare.
Veja que ninguém precisa falar nada. Basta a pessoa ir mostrando os produtinhos, colocar uma legenda embaixo (1. limpeza; 2. tratamento; 3. hidratação, e assim por diante).
A pessoa sente que este conteúdo é útil, que mostrou para ela as etapas do skincare, apontou possíveis erros e ainda indicou produtos.
Pode ter certeza de que, além de vender mais (principalmente este produto), a pessoa se sentirá mais motivada a curtir, salvar e até mesmo compartilhar seu conteúdo.
Compartilhe conteúdo que engaja seu público
Existem conteúdos que as pessoas veem e, por mais que tenham gostado, elas simplesmente guardam para si e passam para o próximo.
Já outros promovem o engajamento, pois a pessoa se sente quase que obrigada a comentar aquilo ou compartilhar alguma experiência referente ao tema.
Alguns conteúdos que fazem isso são os memes, desde que o seu público responda bem a esse tipo de publicação. Estude bem a sua persona para saber se essa estratégia é compatível.
Outros conteúdos que engajam muito são aqueles que gamificam. Então, eles apresentam algumas opções em imagens e pedem para as pessoas comentarem embaixo com qual delas se identificam.
Lembre-se de que a rede social é uma rede de relacionamentos, é um espaço de conversa. Porém, para que as pessoas respondam, você precisa provocá-las de forma inteligente.
Convide as pessoas a participarem dos seus bastidores
Se as pessoas sentirem que elas fazem parte dos bastidores do seu negócio, da sua rotina e da sua vida, suas chances de formar uma comunidade se tornam muito maiores.
Não precisa ser blogueiro e mostrar cada minuto do seu dia. As redes sociais nem permitem tudo isso.
Você pode escolher, sim, realizar esta blogueiragem. Funciona para muitos segmentos. Mas também é possível mostrar seus bastidores de outra forma, reforçando a ideia de que você ou sua empresa são autoridade nesta área.
Nesses bastidores, crie rituais, mostre como os produtos são preparados com carinho para entrega, entre muitos outros conteúdos que fazem a pessoa participar do seu dia a dia e se sentir mais íntima, mesmo.
Prestigie a audiência das comunidades virtuais
Já pensou em prestigiar sua audiência com mimos? Faça um grupo com seus seguidores mais fiéis, aquelas pessoas mais engajadas, que compartilham seu conteúdo e oferecem benefícios.
Vamos de exemplo? Imagine que você é um dermatologista. Um fornecedor de bioestimuladores vai lançar um produto e você se compromete a fazer uma live explicando os benefícios apenas para seus seguidores mais próximos.
Ao final da live, você ainda concede um cupom de desconto para quem fizer um pacote X. Mas lembre-se: só este grupo pode ter esse desconto. É exclusivo para eles.
Assim, o boca a boca vai se espalhando, as pessoas vão compartilhar quando fizerem o procedimento e todo mundo vai querer ser seu seguidor e acompanhar seu conteúdo.
Mas e quanto a uma loja de roupas, por exemplo? É possível prestigiar a audiência da comunidade virtual de formas especiais? Sim!
Nós sabemos que o setor de moda é sazonal. Então, se você vai lançar a coleção outono/inverno, chame só essa comunidade para um lançamento, com umas bebidinhas gostosas, em um evento presencial e exclusivo. Será um sucesso!
Não use CTAs, dê motivos para o engajamento
O termo CTA, ou chamada para ação (do inglês Call To Action) é um dos termos mais usados do marketing. E sim, as CTAs têm sua importância.
Porém, em busca de engajamento, muita gente abusa das CTAs e insere nos conteúdos de forma totalmente descontextualizada.
A pessoa fez um conteúdo qualquer e coloca ali no final: salve, curta, comente, compartilhe. Outros ainda fazem pior. Ao final do carrossel, pedem as quatro coisas.
Porém, é importante entender que as pessoas não vão salvar, comentar, compartilhar ou curtir porque você pediu. Elas têm que ter um motivo próprio para isso.
Vamos pensar no salvamento, por exemplo. Uma pessoa só salva um post quando ela sente que aquele conteúdo é útil e ela vai querer ver de novo no futuro.
Um exemplo é o post da perfumaria, que nós falamos, sobre os 5 passos do skincare. A pessoa pensa “vou salvar para ver antes de ir comprar os meus produtos para pele da próxima vez e não me esquecer de nada”.
Portanto, você pode pedir para a pessoa salvar no final. Inclusive, pode até dar este motivo para ela “salve para não se esquecer de nenhum desses passos na hora de comprar seus produtos de skincare”. Neste caso, é pertinente.
A mesma coisa acontece com o compartilhamento. A pessoa envia um post ou um artigo como esse quando ela conhece alguém (ou várias pessoas) que têm um problema igual e podem se beneficiar com o conteúdo.
Sobre os comentários, então, seria possível escrever um artigo inteiro. Pedir para a pessoa comentar sem dar motivo não faz sentido algum.
Portanto, não use CTAs de forma descontextualizada. Dê motivos para que seu público interaja com você e isso fortalecerá a sua comunidade de verdade.
Compartilhe o conteúdo gerado pelo usuário
É seu fã, comprou seu produto, fez o unboxing? Compartilhe! Está usando a peça de roupa da sua loja e marcou seu @ nos stories? Compartilhe!
Quando você compartilha o conteúdo gerado pelo usuário, as pessoas se sentem mais valorizadas, aumentam seu senso de pertencimento e se engajam em sua comunidade.
Agora você já conhece os primeiros passos para a formação de comunidades virtuais engajadas.
Quer um post falando somente sobre conteúdo gamificado e que engaja? Conta pra gente nos comentários que nós traremos para vocês!